segunda-feira, 26 de março de 2012

“Faca no pescoço” do governo federal?


Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff obter sua pior derrota no Congresso, o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), afirmou  ontem que a base aliada não pode colocar a “faca no pescoço do governo” e condicionar a aprovação da Lei Geral da Copa a uma data para a votação do Código Florestal.

Na última quarta-feira, o PMDB, principal partido aliado ao Planalto, liderou o motim que levou ao adiamento da votação da Lei Geral da Copa. Bancada ruralista, da saúde e evangélica se uniram contra o governo.

— É colocar a faca no pescoço do governo. Veja, a oposição pode falar isso, agora, a base falar: 'nós queremos a data'. Isso não pode. Olha a situação do governo! A base falando publicamente, pedindo para marcar a data. Que história é essa? O governo quer discutir mérito —  afirmou Tatto.

Ontem, o líder petista também diminuiu o tom do discurso contra os ruralistas. Ele admitiu que o clima na Câmara ontem estava péssimo e que o melhor agora é sentar para conversar. “Não falei mal dos ruralistas ontem, falei dos predadores, agora se alguém vestiu a carapuça. O clima ontem estava péssimo em função de toda a situação, agora vamos diminuir o tom do discurso se isso ajudar a aprovar a Lei Geral da Copa. Estou mudando meu discurso, estou mais calmo”, disse.

O líder de Dilma foi vaiado pelos ruralistas ao chamá-los de “predadores” durante a discussão da Lei Geral da Copa. O discurso foi feito após o Planalto orientá-lo a jogar a responsabilidade sobre a não votação da lei da Copa para a bancada ruralista.

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