sábado, 17 de novembro de 2012

RAZÃO E CORAÇÃO O QUE PREVALECE?

Razão e Coração Nenhum de nós precisou comer pedra e ir entalado para o hospital, para saber que pedra não se come. A gente simplesmente sabe. Porque lá trás, quando um cidadão iluminado criou esse mundo, algumas coisas foram determinadas... Entre elas, que pedra é para construir, não para comer. Da mesma forma, quando encostamos a mão numa panela quente, rapidamente retiramos, antes de nos queimar. É um reflexo. Um instinto de sobrevivência. Nosso cérebro age em frações de segundos. Não precisamos pensar antes de tirar a mão e nem derretê-la na danada da panela, simplesmente tiramos, automaticamente. Mas me contem aqui... Por que esse instinto de sobrevivência ou esse automatismo lógico não funciona com nosso coração? Por que nosso coração não sabe o que é bom ou ruim pra gente? Por que ele não fala com todas as letras “sai fora antes que você quebre a cara”? Por que ele não fala se é ele o primeiro a se dar mal? Ao contrário do cérebro, nosso coração não evoluiu ao ponto de saber definir o que é e o que não é bom para nossa vida. Volta e meia estamos envolvidos em relações sem nexo, sem paixão, sem razão nenhuma de ser. Envolvidos num duelo entre o pensar e o sentir, entre o saber e o descobrir. Envolvidos com pessoas que “semi-portavam” um outdoor dizendo: Eu não sou para você! Nós não temos futuro! E nós cegos, ou melhor, insistentemente cegos, momentaneamente cegos e propositalmente cegos, vamos lá conferir e ver no que dá... Vamos lá pagar o preço, perder nosso tempo, nossos beijos e quebrar a cara mesmo sabendo que no fim, mais uma vez, não vai dar em nada. Deus! Jesus! Santo Antônio Casamenteiro! De onde vem essa insistência? Essa mania de querermos algo que sabemos (de antemão) que não vai dar certo? Por que duas pessoas que têm essências, hábitos, desejos e sonhos tão contrários se envolvem? Chamem de química. Paixão. Atração. Desejo. Seja lá o que for essa coisa louca, algo nos leva a insistir em relações com pessoas que não têm nada a ver com a gente. E que nunca dariam certo e que nunca dão, efetivamente. Exemplo: Você gosta de passar os finais de semana nas montanhas, curtindo a natureza, tomando sol nas cachoeiras e fazendo um rapel. Ela passa as tardes no shopping, falando ao celular como uma louca e torrando o cartão de crédito em coisas fúteis. Você é quase uma atleta, nunca fumou e gosta de música sertaneja. Ele curte música eletrônica, é playboy e acha que drogas ilícitas são o máximo. Enfim... Por que é que está tão na cara (dos dois) que não vai dar certo e queremos ver até onde vai? De onde o coração tirou que ele pode ser independente e seguir na direção contrária da razão (aquela, que nos avisa o tempo inteiro: sai daí)? Será que, no futuro, estaremos evoluídos a ponto de nos atrairmos somente pela pessoa certa? A ponto de coração e razão entrarem em acordo. Ou estamos fadados a viver pra sempre dando cabeçada por aí e nos envolvendo com as pessoas erradas? Acreditamos que os opostos não se atraem, mas insistimos em opostos, em contrários, em pessoas super-nada-a-ver. Insistimos e aprendemos. Talvez por isso existam tantas pessoas erradas... Aprendizado. Preparação. Porque quem não vive o errado, não valoriza o certo. Seria perfeito amar sem sofrer, ter sucesso e dinheiro sem trabalhar, seria – e seria fácil, sem graça, sem valor também. Essa mesma razão que nos leva pensar: Por que eu insisti? Por que eu caí nessa outra vez? Nos leva a concluir que a vida é assim... Que razão e emoção não costumam falar a mesma língua e que o amor é isso mesmo, meio loteria, meio destino, meio loucura. Não queira entender... Apenas sinta!!!
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.