quinta-feira, 18 de outubro de 2012

VOCE É FOFOQUEIRO???? ENTÃO LEIA....

A fofoca é filha da inveja, produto criado pela alma de pessoas que não suportam ver a felicidade e/ou o sucesso de alguém. Na melhor das hipóteses, quando não querem espalhar a mentira, contentam-se na automediocridade de ver seus semelhantes na eterna patinação das dificuldades financeiras, sem que haja uma perspectiva de um futuro melhor. Nesse caso, a fofoca é autofágica, ou seja, não sai do labirinto podre de suas mentes carcomidas pelo egoísmo avarento por futricas.   
   Para o jornalista Gilberto Dimenstein, nos meios políticos, fofocas e boatos, não eram apenas uma questão ética (sic), mas um ingrediente habitual da vida pública, marcada por intermináveis conflitos, intrigas, esperteza e calculismo. Como exemplo de boateiro, ele cita o então deputado federal Amaral Netto que gostava de implantar "notícias" aos parlamentares. Pedia sigilo absoluto, falava com riqueza de detalhes, dava nomes e diálogos.
   Invariavelmente, fazia isso pela manhã. À tarde, era normal alguém, pedindo sigilo, relatar-lhe com ares de verdade inapelável o boato inventado horas antes, agora amplificado com outros "fatos". No dia seguinte, divertia-se bastante com essa estúpida brincadeira, quando lia nos jornais, "notícias" baseadas em "assessores" ou "fontes bem informadas."
   Se as pessoas fossem mais responsáveis e ponderativas a respeito daquilo que falam, talvez lhes servissem o conto das três peneiras: "Chegou um novo vigário na Paróquia de Santo Agostinho. Logo no primeiro dia, dona Flora foi à sacristia falar com ele. - Padre, o Sr. nem imagina o que me contaram a respeito de João... Nem chegou a terminar a frase, porque o padre a interrompeu: - Espere um pouco, dona Flora, o que a senhora vai me contar já passou pelas três peneiras? - Peneiras? Que peneiras, padre?
   - A primeira é a da verdade. Tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro? - Não, como poderia? O que sei é o que me contaram, mas eu acho que... - Então sua história já vazou pela primeira peneira. Vamos à segunda, a da bondade. O que a senhora vai me contar é alguma coisa que a senhora gostaria que os outros dissessem a seu respeito? Claro que não, Deus me livre!
   - Então essa história já vazou pela segunda peneira. Vamos à terceira, que é a da necessidade. A senhora acha mesmo necessário contar-me esse fato, passá-lo adiante? - Não, padre, não tenho necessidade de contá-lo. Dona Flora deixou a sacristia muito envergonhada. Moral da história: antes de falar de alguém, faça o teste das três peneiras; se o fato vazar por uma delas, é melhor silenciar."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

,<>dê sua opinião<><> ou deixe uma frase.