segunda-feira, 23 de abril de 2012

MAIS UM NA CORRIDA PELA CADEIRA DA PREFEITURA DE CAMPOS..

Domingo, 22 de abril de 2012
Disputa pela Prefeitura de Campos: ex-presidente da OAB e pré-candidato do PV fala ao Campos 24 Horas
Andral diz que PV encara favoritismo de Rosinha sem medo
Nesta segunda entrevista com pré-candidatos que postulam disputar as eleições de 2012, o CAMPOS 24 HORAS abre espaço para o Partido Verde falar de suas propostas para o município de Campos. Provável pré-candidato do PV à prefeitura, Andral Nunes Tavares Filho, advogado de atuação intensa na comarca do municipio, professor universitário, ex-presidente da subseção-Campos da OAB (Ordem dos Advogados do Brail), ex-conselheiro da OAB-RJ e ex-presidente da Câmara Júnior do Brasil, também preside o diretório do PV em Campos. Ele destaca que o PV entrará na disputa com a proposta de oferecer alternativas viáveis à sociedade. “Vamos mostrar onde estamos e onde deveríamos estar, o modo certo de agir, e as eventuais alianças terão que seguir essa diretriz”, disse o pré-candidato.

CAMPOS 24 HORAS
Como está o PV em Campos e de que forma se encaminha a processo da escolha do seu nome como pré-candidato?
Andral Tavares -Quando eu ingressei no PV, em junho de 2009, essa meta estava delineada pelos companheiros de Campos que me convidaram e me acolheram. Logo em seguida a ideia foi bem aceita pela Executiva Estadual do partido, com a qual tenho excelente relação, e segue o seu curso natural, o que não impede que outros filiados também se apresentem como pré-candidatos na convenção do partido nem significa que encerramos o diálogo com outros partidos para efeito de alianças


CAMPOS 24 HORAS – O PV já definiu o candidato a vice? De onde sairá seu companheiro de chapa?
Andral Tavares – Ainda é prematuro tratar disso. São muitas as variáveis presentes no complicado cenário político local. Temos que ser prudentes, agir com serenidade, verificar as possibilidades de alianças e tomar a decisão certa no momento certo


CAMPOS 24 HORAS – Como o PV se prepara para disputar a prefeitura de Campos, uma vez definido seu pré-candidato? Qual a base política e social, as alianças com as quais o partido pretende caminhar este ano?
Andral Tavares – A presença do PV na disputa terá como eixo uma proposta de mudança substancial no modo de fazer política adotada pelo grupo que administra o município por mais de duas décadas. Oferecer alternativas viáveis à sociedade, mostrar onde estamos e onde deveríamos estar, é o modo certo de agir, e as eventuais alianças terão que seguir essa diretriz.


CAMPOS 24 HORAS – Em linhas gerais, em sua avaliação qual a temática prioritária, o conjunto de problemas que devem ser prioritariamente discutidos nos debates que antecederão às eleições?
Andral Tavares – Saúde, educação, transportes, agricultura, habitação, segurança, aplicação correta e transparente dos recursos dos royalties, são pontos críticos da política em curso no município. Só não vê quem não quer ou leva vantagens para fingir que não vê. E olha que o que não falta é dinheiro para mudar essa realidade. Mostrar claramente à sociedade o que poderia e deveria estar sendo feito faz parte da oposição sensata, equilibrada e sem grosserias com a qual o PV quer ser apresentar ao eleitorado.


CAMPOS 24 HORAS – O município e a região tendem adquirir um perfil que caminha para um processo de industrialização com os complexos do Açu e Barra do Furado. Partindo da premissa que o PV tem um histórico de comprometimento com o meio-ambiente, qual será o posicionamento do partido diante desses megaempreendimentos que, como se sabe, são bastante contestados pelos movimentos de defesa do meio ambiente, base do partido?
Andral Tavares – A expressão desenvolvimento sustentável está ecoando em todos os cantos do planeta e o tema terá que ser objeto do plano de governo de todos os partidos, mesmo daqueles que falam disso da boca para fora, os fisiológicos. O Partido Verde existe em mais de 100 países do mundo e é um partido que sempre pregou o desenvolvimento sustentável, ou seja, com responsabilidade e preocupação com relação às gerações futuras. O PV é um partido coerente e sempre falou disso, sempre chamou a atenção das pessoas sobre isso e, portanto, não fala disso agora por modismo ou conveniência. É possível, sim, conciliar crescimento e desenvolvimento com a preservação do meio ambiente. O contrário disso é a fome, a desigualdade social, o desemprego, a perigosa mudança do clima. No caso local, é um absurdo que os municípios de Campos e São João da Barra não estejam deliberando em conjunto sobre esse e outros problemas comuns. Há muito já deveria estar instalada e trabalhando eficazmente uma comissão reunindo técnicos dos dois municípios. O que de bom acontecer num município vai afetar o outro. O que de mal acontecer, também. Somos pela integração das ações políticas de Campos e São João da Barra, pela fiscalização firme e séria das atividades dos empreendimentos que estão chegando e pela adoção das medidas de proteção que a sociedade tem direito.


CAMPOS 24 HORAS – Educação e Saúde são dois temas importantes que ocupam qualquer campanha eleitoral. Quais as propostas contidas no programa do PV para essas duas áreas essenciais?
Andral Tavares – Saúde e educação são dois pontos críticos no município. São incompatíveis os baixos níveis verificados nessas áreas com o volume de recursos financeiros que o município dispõe. Acho que a primeira coisa a fazer é adaptar a excelente ideia do orçamento participativo sobretudo nessas áreas críticas, convocando a sociedade para, organizadamente, definir os rumos dos investimentos, as políticas de curto, médio e longo prazos, tudo sob intensa fiscalização da própria sociedade. Nosso sistema de saúde funciona mal, desperdiçando recursos e maltratando os cidadãos. É preciso investir fortemente para superar as falhas estruturais e otimizar os serviços, remunerando melhor os profissionais da saúde e disponibilizando pronto atendimento sobretudo à população carente. Sobre a educação é bastante dizer que não há falar em desenvolvimento nem num bom futuro sem ela. Campos merece ter uma educação pública de alto nível. A partir daí tudo mais vai melhorar.


CAMPOS 24 HORAS – O transporte também adquire importância cada vez maior para uma cidade de porte médio como Campos, com aparentes gargalos no trânsito, sobretudo na área central. Com esses grandes empreendimentos, o corredor logístico cortando a cidade, há que ter um projeto para o advento dessa Campos do futuro com previsão de uma população entre 800 mil a 1 milhão de habitantes. Qual a sua visão e proposta sobre esse problema?
Andral Tavares – Não são aparentes gargalos. São crescentes gargalos. Se nem os sinais de trânsito em nossa cidade são sincronizados, o que é simples de fazer, por aí você tira o que está sendo planejado profundamente para alterar e melhorar o trânsito. O trânsito, em qualquer cidade de médio ou grande porte do mundo, tem que ser tratado como questão de alta importância e por especialistas, não por amadores ou quebradores de galho. Se você está incomodado com o que está acontecendo hoje, imagine como estará daqui a alguns anos, se nada for feito de modo urgente e competente.


CAMPOS 24 HORAS – A agricultura, como será tratada por um hipotético governo do PV?
Andral Tavares – Com a importância que tem, ou melhor, deveria ter. Campos é um município de grande extensão territorial, de muita terra agricultável, e é um absurdo que a agricultura seja tratada, não só pelo atual governo, é bom que se faça justiça, mas também pelos anteriores, como algo secundário, desimportante. Quando você lê a respeito dos milagres feitos pelos povos que plantam em solos aparentemente improdutivos e conseguem resultados bem satisfatórios, você consegue aquilatar o tamanho do nosso descaso e incompetência para gerir a questão. Investir na agricultura familiar, na agricultura orgânica, na segurança alimentar, na diversificação de culturas, apoiar o cultivo da cana de açúcar, tudo com o bom uso da ciência e da tecnologia que nos pode fornecer a Uenf e outros centros de inteligência, nos parece o caminho acertado a seguir.


CAMPOS 24 HORAS – Qual o papel que a Uenf terá num governo do PV?
Andral Tavares – O papel de destaque que justificou o sonho de sua vinda e a luta pela sua implantação, e que nunca foi exercido por culpa dos governos pós-Uenf que sempre a relegaram a terceiro plano. Por que a reserva intelectual e o potencial de pesquisas da Uenf não compõem a administração municipal? Por que tanta gente mal preparada ocupando espaços importantes da administração pública enquanto há doutores e técnicos em disponibilidade para assumir importantes funções na administração pública? Não só a Uenf, mas as demais universidades instaladas em Campos têm que participar da definição, execução e fiscalização das políticas públicas. É um modo inteligente de atrair a participação da sociedade e garantir bons resultados no uso do dinheiro público.


CAMPOS 24 HORAS – O PV tem quadros para governar Campos caso vença a eleição?
Andral Tavares – Claro que sim. Muita gente boa está no PV. Pessoas muito bem preparadas, que me ajudam a compor as propostas do partido. Mas um eventual governo do PV vai evidentemente extrapolar as fronteiras do partido e buscar o que há de melhor na nossa sociedade, muito rica de quadros que não são estimulados a participar da política. Sou defensor de uma administração pública de alto nível, que agregue os campistas mais bem preparados.


CAMPOS 24 HORAS – E as pré-candidaturas para a Câmara Municipal?
Andral Tavares – Temos a expectativa de formar uma nominata exclusivamente de pessoas novas na política. Nossa plataforma será a mudança e nosso objetivo é oferecer real possibilidade de mudança também na Câmara de Vereadores, que precisa de renovação.


CAMPOS 24 HORAS – A prefeita Rosinha Garotinho tem sido apontada como a favorita para a disputa das eleições de 2012. Segundo pesquisas do seu grupo, ela teria mais de 70% de aprovação nas pesquisas de intenção de voto. Se for mesmo candidata à reeleição, de que forma o PV encara o favoritismo da prefeita?
Andral Tavares – O PV encara sem medo. A história está cheia de favoritos que não chegaram lá. Na política, no esporte, em todos os setores da atividade humana. Que instituto fez essa pesquisa? É idôneo? É imparcial? A quem ouviu, onde e quando? Não se pode ignorar que a prefeita tem muito poder, a caneta cheia de tinta, o domínio da máquina. Mas a insatisfação da sociedade não só com este mas com os governos anteriores, todos com o mesmo DNA, é muito grande. Basta andar nas ruas, ouvir com atenção o que as pessoas dizem. Quantas pessoas não querem mais votar? Quantas irão anular seus votos, votar em branco? O que sei é que o PV vai propor uma nova forma de fazer política, com responsabilidade, transparência, participação e fiscalização da sociedade. Como para nós os fins não justificam os meios, não importa saber quem está favorito nem fazer alianças com partidos que pensem de modo diferente.

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