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PDT tenta evitar que petistas assumam pasta do Trabalho

Com a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho, o PDT trabalha agora para evitar que o PT assuma a pasta no próximo ano. Em reunião com a Executiva Nacional de seu partido, Lupi disse aos aliados que “qualquer um” do PDT que assumir o cargo será alvo de pressões.  O ex-ministro pediu demissão no último domingo após não conseguir explicar irregularidades em convênios assinados pela pasta.

Lupi, que é presidente licenciado do PDT, deve reassumir a presidência do partido em janeiro. O papel de articulação política no partido, principalmente num momento em que devem ter início as negociações sobre a sucessão na pasta do Trabalho, será exercido por uma comissão de pedetistas, embora o discurso seja o de que é “cedo” para discutir indicação de nomes e de que a decisão final é de Dilma.

Ontem, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), classificou como “injustiça” a declaração dada pelo deputado Paulinho da Força (PDT-SP) de que o PT articulou a saída do ex-ministro Carlos Lupi do Ministério do Trabalho. O líder do partido na Câmara, Paulo Teixeira, também negou que o PT esteja interessado em ocupar o comando da pasta. “É uma injustiça, não é bom. É procurar pêlo em ovo. Eles sabem que não é isso que aconteceu. Quem defendeu o Lupi foi o líder do PT, foi o Rui Falcão, presidente da legenda] e fui eu o que mais defendi”, disse Vaccarezza. “Nosso partido está confortável e não deseja vaga no Ministério do Trabalho. Pelo contrário, ajudamos o PDT a atravessar esse fato” completou Teixeira.

Na segunda-feira, o deputado Paulinho disse na saída da reunião da Executiva do partido que petistas influenciaram, sem o conhecimento da presidente Dilma Rousseff, a Comissão de Ética Pública da Presidência a recomendar a demissão de Lupi. O deputado pedetista destacou que a relatora do procedimento contra Lupi na comissão, Marília Muricy, foi secretária do governador da Bahia, Jaques Wagner.