Sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 (Foto: Campos 24 Horas)
A
greve de policiais Civis e Militares, além do Corpo de Bombeiros, no
Estado do Rio de Janeiro avança nos números. Já chega a 159 os policiais
presos ou punidos administrativamente no desde a decretação de greve da
área de segurança pública, que também envolve bombeiros e policiais
civis. O comando da PM divulgou nota na noite desta sexta-feira (10)
informando que a Justiça decretou a prisão preventiva de 11 militares da
corporação, por conclamar ou incitar a paralisação, dos quais nove
mandados já foram cumpridos.
Outras
medidas punitivas foram adotadas, incluindo a instauração de processos
administrativos disciplinares contra 14 policiais, sete autuações em
flagrante por crimes de desobediência e a instauração de 129 inquéritos
policiais militares (IPM) contra PMs do Batalhão de Volta Redonda.
Na
mesma nota, o comando da PM reiterou que considera normal a situação em
todo o Estado, embora vários incidentes tenham sido registrados e a
programação de verão deste fim de semana em vários municípios do
interior tenham sido canceladas ou alteradas devido à greve na Segurança
Pública.
Ameaça -
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro divulgou nota informando que
nesta sexta-feira (10), que 123 guarda-vidas foram indiciados por falta
ao serviço. Todos serão presos administrativamente. A nota informa ainda
que o comandante do 2º Grupamento Marítimo (Gmar), na Barra da Tijuca,
zona oeste do Rio, tenente-coronel Ronaldo Barros, foi exonerado do
cargo.
O
comando-geral da corporação abriu conselho disciplinar para avaliar a
conduta do cabo Benevenuto Daciolo, que está preso desde a noite do dia
8, além de 15 guarda-vidas que representam o movimento grevista.
Ainda
segundo a nota, serão avaliadas as posturas do capitão Alexandre
Marchesini e do major Márcio Garcia. “O procedimento definirá as
punições cabíveis aos envolvidos, podendo chegar à exclusão definitiva
do Corpo de Bombeiros”, finaliza a nota.
Justiça decreta a prisão de 11 PMs
Durante
o plantão judiciário desta sexta-feira (10), a juíza Juliana Bessa
Ferraz Krykhtine decretou a prisão de onze policiais militares pela
prática dos crimes previstos nos artigos 155, 166 e 298 do Código Penal
Militar.
De
acordo com a decisão, Wagner Luis da Fonseca e Silva, Adalberto de
Souza Rabello, Helio Silva de Oliveira, Carlos Antônio Oliveira de
Aquino, Pablo Rafael Marques dos Santos, Alonsimar de Oliveira Pessanha,
João Carlos Soares Gurgel, Wagner Jardim Hamude, Nilton Alves Neto,
Vivian Sanches Gonçalves e Paulo Ricardo Paul estariam incitando o
movimento grevista.
“Não
resta dúvida de que a ordem pública encontra-se em risco na medida em
que a sensação de insegurança generalizada toma conta da população, além
do temor da população dos atos de vandalismo, o que não se pode, nem
deve admitir, muito menos quando originário de uma classe militar”,
afirmou a magistrada.
Em
outra decisão proferida no plantão judiciário da noite desta
quinta-feira (09), a juíza Juliana Bessa deixou de conhecer o pedido de
liberdade provisória requerido pelo Sindicato dos Policiais Civis do
Estado do Rio de Janeiro (Sindipol) em favor de Benevenuto Daciolo
Fonseca dos Santos. Ela ressaltou que, já havendo uma decisão de
primeiro grau neste sentido, não caberia a um magistrado de igual
instância revê-la, referindo-se à decisão proferida pelo magistrado de
plantão na manhã do mesmo dia 9, que negou a concessão da liberdade
requerida.