Nahim: “Espero que Garotinho reflita sobre o que fez”
Ano do Legislativo - Faço um balanço extremamente positivo. Vou encerrar o ano do ponto de vista administrativo da Câmara cumprindo com todas as obrigações, não sei precisar ainda, mas vou devolver, no mínimo, R$ 1 milhão aos cofres públicos. Pagamento em dia, vou pagar o 13 dia 15, fizemos praticamente a reestruturação desse prédio inteiro já está pronto para a próxima legislatura, até o final do ano teremos colocado o elevador na Câmara, porque o daqui só cabem duas pessoas, é antigo. Como ponto negativo, apontaria aquele episódio que aconteceu durante a cassação de Rosinha, aquele tumulto. É um ponto negativo para o Legislativo. Aqui não é lugar para isso, nem para pessoas que aqui vieram e nem o comportamento de alguns vereadores. Fora isso, tivemos uma agenda positiva, tivemos várias audiências públicas, alguns vereadores se destacaram mais, outros menos trazendo audiências públicas, a Tribuna Livre foi uma coisa importante, muita coisa aconteceu na Tribuna Livre. Foi um projeto que coloquei em prática, muitas vezes questionado, alguns dizendo que eu estava abrindo um espaço para a oposição. Na verdade é um espaço para a população. Tem todo um critério, só pode participar quem desenvolve um projeto social, estar atrelado a sindicato, enfim, ter representatividade na sociedade civil. Aqui tiveram Sepe, associação de moradores, entidades na área de dependência química.
Rompimento - Politicamente foi um ano diferente para mim. Me afastei do grupo político liderado pelo Garotinho por causa de inúmeras coisas que vinham acontecendo há algum tempo, mas diria que a gota d’água aconteceu com aquele episodio lamentável que aconteceu aqui na Câmara. Ali faltou respeito a mim enquanto vereador, presidente da Câmara e, também, enquanto membro do partido. Já que, antes daquele fato, aconteceu de vereador do mesmo partido estar registrando em cartório coisas que eu teria dito. Num acordo entre o presidente do meu partido, Garotinho, e um vereador do meu partido querendo fazer instrumento de prova contra mim sem que eu soubesse. Me senti traído dentro do meu partido. E ficou insustentável. Em função dessa gota d’água resolvi me afastar. Deixei claro para a prefeita, durante sua posse dias depois, que não faria oposição o governo, até porque foi um governo que ajudei a construir, fui prefeito por seis meses, dei continuidade a muitos programas, implementei outros. Então eu não estava brigando com o governo, minha discussão era com meu partido, presidente do meu partido, vereador do meu partido e não tinha mais clima para eu conviver com o partido. Fui para o PPL, hoje sou presidente da legenda em Campos, faço parte da executiva estadual, no próximo dia 17 terei um encontro com o presidente nacional do meu partido (Sérgio Rubens). Estou feliz porque me deram a oportunidade de construir o partido na região e tem sido muito bom. Na região migraram para o partido vereadores de mandato, fizemos uma boa nominata. O PPL com certeza terá vereadores na próxima legislatura, só lamento a maneira como ocorreu meu desligamento do PR.
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