sábado, 7 de abril de 2012

SE BOBEAR DANÇA......

Aeroportos pelo Brasil

Distração de passageiros é grande trunfo de assaltantes em aeroportos
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Fabrício Calado
Do UOL, em São Paulo
A cena se repete com frequência. O turista chega ao aeroporto, dirige-se ao balcão da companhia aérea e começa o processo de check-in. Quase sempre, deixa o carrinho cheio de malas e seus demais pertences de lado para se concentrar nas informações do embarque. E é nessa hora que os criminosos atacam.

Veja imagens dos aeroportos pelo Brasil

Foto 58 de 64 - Passageiro acorrenta bagagem para dormir sem medo de roubo, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo Mais Thiago Bernardes/Folha Imagem
No ano passado, os dois aeroportos mais movimentados do Brasil, o de Congonhas, na zona sul da capital paulista, e de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), registraram juntos 1.657 furtos (1.389 em Cumbica e 268 em Congonhas). Apenas nos dois primeiros meses deste ano, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, as delegacias de Congonhas e Cumbica registraram, respectivamente, 50 e 240 crimes do tipo.

Quadrilha desviava malas

É fácil perceber que os crimes registrados nos aeroportos têm uma vítima preferencial: os passageiros desatentos.
Segundo o coordenador científico do Observatório de Segurança Pública da Unesp de Marília, Luís Antônio de Souza, é comum ver  frequentadores de aeroportos e outros estabelecimentos fechados "baixarem a guarda" nestes ambientes, o que facilita a ação dos bandidos.
"As pessoas consideram shopping, hospital ou aeroporto ambientes mais seguros [que um lugar público ou aberto]. Elas confiam nos seguranças do local e abrem a carteira com mais tranquilidade", explica o professor.
Mas, os ladrões são especialistas em agir ao menos sinal de descuido, ressalta ele. São os chamados "grupos organizados", que aguardam a oportunidade para agir. "É o mesmo perfil de quadrilhas que roubam condomínios e na saída de banco", diz Souza.

Colégio alvo de massacre em Realengo é reformado

O governo municipal do Rio de Janeiro investiu cerca de R$ 9 milhões na reforma do colégio Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde há exatamente um ano o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 23, matou 12 crianças e feriu outras 12.
Foto 12 de 13 - Mural de azulejos construído pelos alunos tem ilustrações e homenagens às vítimas. O painel fica em uma das áreas de lazer do reformado o colégio Tasso da Silveira Hanrrikson de Andrade/UOL
As marcas físicas da chacina foram apagadas, mas as consequências psicológicas de um crime sem precedentes no país ainda podem ser observadas. "A sensação é a de que alguma coisa pode acontecer a qualquer momento. Definitivamente, eles ainda não superaram", diz a professora Marta Nunes.
Ela era a responsável pelas aulas de geografia das turmas que tiveram vítimas do atirador. "Eram alunos ótimos, que nunca deram qualquer tipo de trabalho. Os colegas sentem muita falta e até hoje fazem referência", afirma. "Já tive que parar aula em função de crises de choro. É um processo muito doloroso."

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  • Hanrrikson de Andrade/UOL
A professora considera que a quebra da rotina escolar em razão da reforma dificultou o processo de assimilação e superação do trauma. "Durante as obras, cada aula era uma situação diferente. Muitos alunos choravam, se desesperavam, principalmente por causa do barulho. Um aluno, por exemplo, já achou que alguém estivesse atirando."
O diretor do colégio, Luís Marduk, tem outra visão a respeito da reforma. Para ele, a quebra da rotina escolar foi importante no sentido de tirar o foco da tragédia. "As obras alteraram a nossa rotina, passamos a ter novas preocupações e uma sensação de construção de um futuro. Isso foi importante para que a comunidade escolar parasse de pensar um pouco no que aconteceu".
As obras duraram cerca de nove meses e garantiram ao Tasso da Silveira a condição de escola “modelo”, considerada uma das melhores unidades da rede pública de ensino. As novas instalações são modernas e atendem aos princípios da acessibilidade. Um prédio anexo foi erguido para ampliar a capacidade. Todas as salas ganharam recursos multimídia.
A estrutura também foi alterada: as salas nas quais Wellington Menezes de Oliveira abriu fogo contra estudantes deram lugar a um banheiro e a uma passagem para o prédio anexo. Nos corredores, há murais com mensagens exaltando o futuro da escola.
A antiga entrada do colégio não existe mais. O acesso ao novo portão se dá pela rua Jornalista Marques Lisboa, onde antigamente havia um estacionamento. A praça que fica ao lado da unidade educacional também foi reformada e hoje conta com aparelhos de atividade física para a comunidade.
Na área de lazer da unidade de ensino, um mural de azulejos reproduz mensagens, desenhos, ilustrações, e outras manifestações dos alunos. "Meu desenho está bem ali", aponta Jéssica Silva, 13. Ela perdeu duas amigas na chacina, e ambas estão representadas na imagem. "Nunca vou esquecer das nossas brincadeiras. Elas eram grandes amigas e hoje estão se divertindo muito no céu. Prefiro pensar assim".
O sistema de segurança recebeu atenção especial: foram instaladas 16 câmeras para monitorar todo o perímetro do colégio, além das quatro que já existiam antes do ataque. O colégio também passou a contar com porteiros trabalhando em horário fixo e guardas municipais reforçam a segurança dentro e fora do colégio. Os visitantes só podem circular pelas dependências da unidade educacional com autorização e acompanhamento, segundo a direção.

Massacre em escola do RiO.......

"Meu sonho é voltar a andar", diz sobrevivente do massacre na escola de Realengo

Fabíola Ortiz
Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Fabíola Ortiz/UOL
    Um ano depois do ataque, Thayane diz não sentir raiva do atirador: "Sinto só pena?. Um ano depois do ataque, Thayane diz não sentir raiva do atirador: "Sinto só pena?.
“O primeiro sonho que eu quero realizar é voltar a andar”, afirma Thayane Tavares Monteiro, 14, sobrevivente do massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, ocorrido há um ano.
A manhã do dia 7 de abril de 2011 era para ser mais um dia normal de aulas na escola municipal, mas aquela quinta-feira ficou marcada por um acontecimento inédito no país: o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrou no colégio armado com dois revólveres de calibre 32 e 38, invadiu duas salas de aula, disparou dezenas de vezes contra estudantes matando 12 alunos e deixando outros 12 feridos.
Thayane levou três tiros: no braço, abdômen e costelas. A adolescente estava em uma das salas invadidas pelo atirador e viu quase toda a ação de Wellington. Para sobreviver, fingiu que estava morta.
Hoje, a motivação de voltar a andar ajuda Thayane a enfrentar diariamente uma rotina de sessões de fisioterapia, consultas médicas, dores e a lembrança que permanece na memória “como se tivesse sido ontem”.

CRIANÇAS DESAPARECIDAS...


Fotos "atualizadas" de crianças desaparecidas ganham exposição em biblioteca no Paraná

Edson Osvaldo Melo
Especial para o UOL Notícias
Em Curitiba (PR)
A Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba, abriu suas portas para uma exposição incomum: a de retratos de crianças desaparecidas. Expostas aos pares, as imagens mostram, de um lado, uma foto da criança na época em que ela desapareceu. E ao lado, outra foto, envelhecida digitalmente, de como ela seria quando adulta.       

A exposição atende a dois objetivos. O primeiro é divulgar as imagens de crianças que desapareceram das vistas de seus pais e cujas buscas continuam sendo feitas há anos pela Polícia Civil do Paraná. Segundo os responsáveis pelas investigações, o retorno de ações como essa é sempre bastante positivo.

Crianças desaparecidas

Foto 2 de 7 - Guilherme Carâmes Tiburtius Mais Divulgação
 “Todas as vezes que divulgamos um novo cartaz ‘antes’ e ‘depois’ com fotos de crianças desaparecidas ficamos impressionados com a quantidade de pessoas que nos procuram para dar informações”, disse à reportagem do UOL Notícias a delegada titular do Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas), Ana Claudia Machado.

O processo de progressão e envelhecimento digital é feito a partir da reunião de todas as fotografias disponíveis da criança desaparecida. Depois são incluídas imagens dos pais, em diversas idades. Em seguida é traçado um estudo do perfil da cabeça. É então elaborada a evolução do rosto até a data ou idade pretendida.

O segundo objetivo da exposição é orientar sobre como evitar novas ocorrências desse crime e o que fazer quando ele acontece. Os visitantes recebem um exemplar do gibi “Turminha da Segurança”, cujos personagens –João Esperto, Bia Sabida, Kara Atento e Zé Prudente– dão dicas de segurança ao público infanto-juvenil. O gibi contém adesivos com telefones de emergência e denúncia.

FIA...

SOS Crianças Desaparecidas

Voltar Ação integrada à Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (REDSAP), Fotode alcance nacional, voltada para localizar crianças e adolescentes desaparecidos através de fotos divulgadas na mídia em geral e pesquisa em abrigos, com o objetivo de reintegrá-las às famílias. A ação visa também a implantação da cultura da identificação, evitando assim o desaparecimento de crianças em locais de grande concentração de pessoas.