Foto 12 de 13 - Mural
de azulejos construído pelos alunos tem ilustrações e homenagens às
vítimas. O painel fica em uma das áreas de lazer do reformado o colégio
Tasso da Silveira Hanrrikson de Andrade/UOL
Ela era a responsável pelas aulas de geografia das turmas que tiveram vítimas do atirador. "Eram alunos ótimos, que nunca deram qualquer tipo de trabalho. Os colegas sentem muita falta e até hoje fazem referência", afirma. "Já tive que parar aula em função de crises de choro. É um processo muito doloroso."
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O diretor do colégio, Luís Marduk, tem outra visão a respeito da reforma. Para ele, a quebra da rotina escolar foi importante no sentido de tirar o foco da tragédia. "As obras alteraram a nossa rotina, passamos a ter novas preocupações e uma sensação de construção de um futuro. Isso foi importante para que a comunidade escolar parasse de pensar um pouco no que aconteceu".
As obras duraram cerca de nove meses e garantiram ao Tasso da Silveira a condição de escola “modelo”, considerada uma das melhores unidades da rede pública de ensino. As novas instalações são modernas e atendem aos princípios da acessibilidade. Um prédio anexo foi erguido para ampliar a capacidade. Todas as salas ganharam recursos multimídia.
A estrutura também foi alterada: as salas nas quais Wellington Menezes de Oliveira abriu fogo contra estudantes deram lugar a um banheiro e a uma passagem para o prédio anexo. Nos corredores, há murais com mensagens exaltando o futuro da escola.
A antiga entrada do colégio não existe mais. O acesso ao novo portão se dá pela rua Jornalista Marques Lisboa, onde antigamente havia um estacionamento. A praça que fica ao lado da unidade educacional também foi reformada e hoje conta com aparelhos de atividade física para a comunidade.
Na área de lazer da unidade de ensino, um mural de azulejos reproduz mensagens, desenhos, ilustrações, e outras manifestações dos alunos. "Meu desenho está bem ali", aponta Jéssica Silva, 13. Ela perdeu duas amigas na chacina, e ambas estão representadas na imagem. "Nunca vou esquecer das nossas brincadeiras. Elas eram grandes amigas e hoje estão se divertindo muito no céu. Prefiro pensar assim".
O sistema de segurança recebeu atenção especial: foram instaladas 16 câmeras para monitorar todo o perímetro do colégio, além das quatro que já existiam antes do ataque. O colégio também passou a contar com porteiros trabalhando em horário fixo e guardas municipais reforçam a segurança dentro e fora do colégio. Os visitantes só podem circular pelas dependências da unidade educacional com autorização e acompanhamento, segundo a direção.
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