Após cinco dias de julgamento, a cabeleireira Adriana Almeida, que era acusada de planejar a morte do marido René Sena, ex-lavrador que ficou milionário após ganhar o prêmio da Mega-Sena em 2005, foi absolvida na madrugada deste sábado (3). A sentença foi lida pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, no Tribunal do Júri (TJ), no Fórum de Rio Bonito, na Baixada Litorânea do Rio de Janeiro. Outros três réus também foram absolvidos.
O TJ julgou improcedente a acusação contra os quatro réus. O Ministério Público (MP) informou que vai recorrer da decisão somente no caso de Adriana.
Herança
A víúva Adriana foi a última ré a ser ouvida. Ela se emocionou durante a leitura da sentença e preferiu não falar com a imprensa. Com o resultado, a cabeleireira, que chegou a ficar presa por um ano e meio, é beneficiada com 50% da herança de René Sena. Antes de ser assassinado em janeiro de 2007, René ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena, e a fortuna agora estaria estimada em R$ 100 milhões.
Adriana deixou o fórum no carro de seu advogado de defesa e sob a escolta de uma equipe da Polícia Militar (PM) por volta de 2h45.
O depoimento da cabeleireira teve início na quinta-feira (1°) e durou mais de seis horas. Nesta sexta, ela chegou a ser vaiada por populares que acompanham o caso no tribunal.
Adriana Almeida, pouco após ser absolvida no Fórum de Rio Bonito. (Foto: Tássia Thum / G1)
RJ: absolvida, viúva da Mega-Sena chora e leva R$ 50 mi
03 de dezembro de 2011 • 07h50 • atualizado às 07h53
Adriana Oliveira foi absolvida pela Justiça do Rio de Janeiro e deve ficar com uma quantia de R$ 50 milhões. Foto: Rafael Moraes/AJB/Futura Press
Adriana Oliveira foi absolvida pela Justiça do Rio de Janeiro e deve ficar com uma quantia de R$ 50 milhões
Foto: Rafael Moraes/AJB/Futura Press
pós receber a notícia de que estava absolvida, Adriana Oliveira, a "viúva da Mega-Sena", não conteve a emoção e chorou. Seu advogado, Jackson Costa, também comemorou e disse que sempre acreditou na sua cliente. "As provas eram absolutamente falhas e não demonstravam nada contra ela", afirmou ele. O defensor lembrou partes do debate em que dizia que, caso não acreditasse que a viúva era inocente, não entraria no caso. "Na verdade, eu fiz uma defesa com o coração, com a transparência, com a realidade, e estou feliz com o resultado. Foi muito justo", disse. A viúva deve ficar com um patrimônio de cerca de R$ 50 milhões.
O caso da "viúva da Mega-Sena"
O desfecho causou espanto nos presentes. A família de Renné Senna, assassinado em 2007, dois anos depois de ganhar R$ 52 milhões na Mega-Sena em Rio Bonito, região das baixadas litorâneas no Rio de Janeiro, saiu rapidamente do plenário. A herança será dividida entre a ex-cabeleireira e Renata, filha da vítima. Segundo o juiz de Rio Bonito, Marcelo Espíndola, o patrimônio estaria avaliado em 100 milhões.
A promotora do caso, Priscila Naegelle, logo que foi dada a sentença, afirmou que o Ministério Público irá recorrer. "Estou convencida de que Adriana foi a mandante. Infelizmente, o júri não estava convicto. Espero rapidamente um novo julgamento", disse ela. Os ex-seguranças de Renné, Anderson Souza e Edinei Gonçalves, já foram considerados culpados pelo assassinato.
Em depoimento na última quinta-feira, Adriana disse que traiu o marido porque ele teria disfunção erétil. Além disso, ela afirmou que tinha "carência" e que traiu apenas por "satisfação sexual". O julgamento durou cinco dias, teve 16 testemunhas e depoimentos de quatro réus. Além da viúva, foram absolvidos os ex-PMs Ronaldo Amaral e Marco Antonio Vicente e a professora de educação física Janaina Oliveira.
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